Um Nome Muito Longo Para um Blog
domingo, 25 de setembro de 2011
Carros
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Internacionalização da Amazônia
Durante debate ocorrido no mês de Novembro/2000, em uma Universidade, nos Estados Unidos, o ex-governador do Distrito Federal, Cristovam Buarque, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia. O jovem introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Segundo Cristovam, foi a primeira vez que um debatedor determinou a ótica humanista como o ponto de partida para a sua resposta:
"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Como humanista, sentindo e risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a Humanidade. Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado
Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país.
Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado. Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveriam pertencer ao mundo inteiro. Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil. Nos seus debates, os atuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida.
Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar; que morram quando deveriam viver. Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa."
(*) Cristóvam Buarque foi governador do Distrito Federal (PT) e reitor da Universidade de Brasília (UnB), nos anos 90. É palestrante e humanista respeitado mundialmente.
domingo, 11 de setembro de 2011
Você tem um amigo?
Você tem um amigo?
E não, não estou me referindo àquela pessoa que você inclui em sua lista de aniversário pra chegar até 350 convidados e ser então, a maior festa do colégio. E muito menos àquele que recorre a você quando precisa de dinheiro para o lanche e nunca mais diz uma palavra, nem ao menos pra devolver. Nem mesmo me refiro aos seus 1200 amigos do facebook.
Estou falando de amizade. Aquele que não está só na lista de aniversário, é o primeiro, ele mesmo escreveu seu nome, já que está te ajudando a organizar sua festa. Aquele que às vezes não tem dinheiro pra te emprestar, mas divide o próprio lanche com você (ai cada um fica com meio lanche e meia fome n).
Tenho certeza de que metade das pessoas que estão lendo esse texto estão pensando ‘AH, QUE QUE ESSA RETARDADA TÁ PENSANDO? É CLARO QUE TENHO AMIGOS, UNS 30’. É, você tem 30 amigos. Tem mesmo, quando é lindo, rico, feliz, tem coisas a oferecer. Experimente mudar.
Só saberá o significado de um amigo, o dia em que tiver um. Falar com alguém sem vergonha, sem medo de julgamentos, sem medo de mostrar seus sentimentos. E sabe, chorar fica bem mais fácil com ele ao seu lado. O mundo tá caindo, mas ainda tem alguém ali, disposto a segurar todos os pedaços de seu mundo e seu coração no lugar até eles grudarem de novo, e bem, isso ajuda, bastante.
Não existe essa de ser amigos de todos. Já dizia minha mãe, quem é amigo de todo mundo não é amigo de ninguém. Você pode ser até colega de todos, conversar, brincar, mas ser leal, verdadeiro e amigo em seu sentido mais puro, são apenas com pessoas especiais.